Detalhes da chegada em ROMA

Enfim embarcamos dia 13 de agosto conforme marcado às 22:50h à Lisboa, foi uma viagem tranqüila, saímos no horário marcado e chegamos em Portugal com fuso horário às 12:40h, a noite mal dormida cansaço da semana exaustiva que tivemos, desencadeou numa ansiedade já esperada, mas como estamos acostumados com tensões geradas por expectativas de viagens, simplesmente assimilamos todo o período deste cansaço acumulativo. Depois de Lisboa fizemos uma conexão para Roma, aí algumas dúvidas sempre aparecem.
Será que as bagagens vão direto para Roma mesmo, sem precisar de pegar?
Será que teremos problema com as bikes, que são bagagens incomuns?
E se forem extraviadas, qual será a nossa atitude?
Resolvemos ficar “relax” e confiar no serviço da empresa aérea TAP que não nos decepcionou. Entramos no outro avião rumo à capital italiana com mais 2:30h de viagem e ao descermos penamos um pouco para achar as bikes, de sorte os brasileiros sempre muito comunicativos iam se identificando e um ajudando o outro com as bagagens e outros pormenores, assim não perdemos tempo já fomos trabalhando nosso “network”.
A nossa dificuldade em encontrar as bikes no aeroporto nos levou ao serviço de assistência aos passageiros, lá chegando encontramos na fila ao lado, uma brasileira desesperada querendo saber do carrinho do seu bebê que tinha desaparecido, o detalhe é que estava sozinha tomando conta de três crianças e não conseguia se comunicar com a atendente italiana, em um primeiro momento ficamos na nossa, pois éramos marinheiros de primeira viagem nessa questão e deixamos rolar, só que a mulher começou a falar cada vez mais rispidamente chegando ao ponto de aparecer guardas para controlar a situação, nesse momento nós entramos na conversa desenrolando o nosso inglês portunholiano, para tentar ajudar a resolver aquela situação. A fila só fazia crescer, mas conseguimos desenrolar com a atendente italiana e acalmar a senhora dizendo que seu carrinho de bebê seria devidamente embarcado automaticamente para Goiania e não haveria necessidade de procurá-lo ali. Assim como retribuição ela nos indicou onde estava as nossas bikes, pois já tinha rodado o aeroporto Fulmicino inteiro atrás do carrinho e viu nossas companheiras. Sendo assim na troca de favores nossa etapa de chegada no aeroporto terminou bem, um pouco tarde é “vero”, mas tudo bem.
Ao sair do aeroporto fizemos justamente o que os viajantes mochileiros não recomendam, que é pegar uma van, ou um bus como chamam por aqui, em diversas matérias vimos que esses motoristas são bem eloqüentes e com boa conversa, porém mesmo sabendo disso resolvemos pegar esse transporte ao invés do trem devido ao extremo cansaço de quase 23:00h viajando entre conexão e tudo mais. Assim pegamos o bus do Ricardo que é uma figura, um motorista muito conversador que nos cobrou 20 euros por pessoa, sentimos uma pontada no coração, mas naquele momento achamos que seria a melhor escolha.
Viemos conversando inicialmente em espanhol depois arranhamos umas palavras em italiano e terminamos em inglês, como estamos com muita bagagem mochila, alforges e carregando as bikes dentro de um mala bike, a van ficou bem cheia só sobrando o assento da frente ao lado do Ricardo, aí na conversação só deu nós, íamos desenvolvendo nosso inglês portunholiano e as outras pessoas no assento de trás iam achando a maior graça e soltando risadas, pq devia está engraçado mesmo,mas enfim conseguimos o nosso objetivo que era nos comunicarmos e chegar em um bom albergue para descansar. O nosso motô Ricardo nos auxiliou muito bem e com a nossa simpatia demos algumas boas risadas no caminho e já conhecendo a noite alguns monumentos que certamente estarão esperando por nós de manhã pois só nesse caminho conhecemos do aeroporto até o centro de Roma com o Ricardo já foi o suficiente pra saber em como a cidade é linda de noite, aqui é verão e está lotada de turista de todo o mundo. Amanhã ROMA será minunciosamente esmiuçada...