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domingo, 28 de agosto de 2011

Lá Spezia à Gênova literalmente em rítmo quente!

Em 25 de Agosto começamos o dia tomando um café da manhã preparado pela Senhora   Fiorina que nos recebeu muito bem em uma área um pouco afastada da cidade, tendo algumas  plantações no Albergue ou simplesmente também conhecido aqui por Bed & Breakfast, muito comum na europa, no café da manhã conjecturamos sobre vários assuntos com a Senhora e um fato interessante acabamos por lembrar de forma até automática sobre uma novela que passou na Globo com Raul Cortês no qual ele sempre terminava as frases com a palavra “eco” e a Senhora tudo que falava tinha o tal do “eco” no final da frase. Entre tantos assuntos ela nos confabulava que sonhava com um mundo mais homogêneo e com pessoas melhores.
    Comprovamos que compartilhamos do mesmo raciocínio, imaginando que para o mundo possa realmente ser melhor é preciso que cada um faça a sua parte e ela estava ali sendo bem simpática conversando com estranhos dentro da sua casa fazendo a sua parte, e muito bem diga-se de passagem. 
Assim começava nosso dia, uma boa conversa também se desenvolveu com o filho logo após ela se retirar, o Roberto começou a nos instruir sobre o percurso  menos difícil, ou seja  com menos subidas a fazer, dado as instruções, começamos a pedalar por volta das 7:30h.
Tínhamos dois caminhos a percorrer, um menos difícil seguindo sempre pelo interior, e outro que ia pelo litoral com paisagens mais belas e interessantes, mas antes haveríamos de entrar um pouco pelo interior. Depois de percorrer a costa no dia anterior, fomos em direção ao interior e o visual mudou drasticamente, em vez de litoral deparávamos e nos encantávamos com as belas paisagens que completava aquela bela manhã, então começamos a subir o Roberto havia nos falado que subiríamos um pouco, mas que também desceríamos, só que subimos, subimos e subimos um pouco mais e ás vezes descíamos, como recompensa tínhamos uma paisagem maravilhosa e muitos, muitos companheiros do ciclismo passando a todo momento e o que nos chamava atenção era a quantidade de pessoas com mais de 40 anos que praticam o ciclismo na Itália, víamos senhores na casa dos 60 e 70 anos em plena atividade, foi um fato interessante. Vimos também pais incentivando seus filhos a praticar esportes, pedalando juntos, e naquela simples cena de um pai pedalando com seu filho conversávamos sobre os conceitos e princípios que não se aprende em uma escola e sim no seio do lar com os pais e avós, quando é passado com amor os valores são atados e escrito na tábua de seus corações.
Princípios como: dar lugar ao idoso ou grávida em um assento no ônibus, ser educado com as pessoas, desejar um bom dia ao entrar em um ambiente, não falar palavrão nem fora e principalmente dentro do lar, ceder lugar aos mais velhos dentro de um coletivo entre outros..                  
Assim fomos levando nosso dia com o passar do tempo ficando mais pesado, pois já eram 11:00h e não parávamos de subir, subir e ás vezes descer, considerando que o sol estava há 35ºC e as bicicletas com alforges com peso de 32 kg, cada subida ficava mais difícil,  por volta de 12:15h veio a tão esperada descida em direção ao mar Mediterrâneo de novo, por fim não estávamos nem querendo descer pois sabíamos que após a descida haveria outra subida.... assim foi até o final do dia subindo e descendo (up and down) isso nos custou muita energia exigindo um grande esforço, é como diz um ditado romano “quando não houver vento reme” .
 A costa do Mediterrâneo nessa parte da Itália é muito bela, mas muito cara também, embora tivéssemos dinheiro pra comprar água em um restaurante ou bar, muitas vezes evitamos por estar suados tentando achar um bar logo a frente menos refinado pra comprar água. Nesta parte da Itália os bares, restaurante e em algum dos lugares que passamos era um pouco difícil. 
Ao chegarmos em Gênova lá pelas 17:25h ainda tínhamos que procurar um lugar pra ficar, entramos em contato com uma pessoa que estava no ponto de ônibus perguntando em italiano onde haveria um albergue  ele nos respondeu que era romeno e poderia tentar nos explicar em Inglês, pra nós tudo bem, haveríamos de pelo menos ir um pouco adiante na direção correta para descansarmos, porém mais adiante perguntamos à dois rapazes onde poderíamos dormir ele nos disseram que aquela região onde estávamos era 200 à 300 euros a diária ou seja à 300 euros significa R$ 720,00 ( impossível pra nós ) estamos ficando em lugares que custam em torno de 25/35 euros/dia/pessoa. Conclusão depois de termos chegado ainda tivemos que rodar uma boa parte de Gênova procurando um lugar mais econômico, eles nos aconselharam  a irmos ao Centro histórico com a costumeira indicação dos italianos ( segue dirito, dirito, vire à sinistra, dopo destra, destra e dopo sinistro...)  acabamos achando um por  25 euros/pessoa, no Centro histórico e os detalhes do lugar por esse preço só poderemos contar na palestra.... rs rs rs.     Arrivederci

   Enfim hoje estamos em um local com a conexão melhor, eis as fotos que ficamos devendo:

Abaixo a Senhora com quem tivemos a conversa agradável antes de iniciarmos nossa jornada do dia.

 Esse é apenas um dos "fiumes" ( rios ) de muitos que presenciamos na Itália.


A caminho de Gênova com muitas subidas, sol a pino e ainda faltavam 82km. 

Pelo caminho mais um retrato italiano, cidades pequenas organizadas e muito aconchegantes no alto das montanhas.

A cultura da bicicleta sendo passada de geração à geração que tantas vezes presenciamos, uma cena à contemplar...
   

   Reparem bem, estamos no topo, foi necessário subir, subir... Para enfim desfrutar dessa bela paisagem.

   Esse é nosso amigo do dia, pelo caminho sempre encontramos pessoas que compartilham do mesmo sonho, e se alegra com sua conquista, seu nome é Jean Luca.
 

    Pelo caminho...
  

    Olha com o que nos deparamos após uma curva sem esperar!  Uma casa no estilo medieval.
  
     Esse não foi o único mirante do dia, foram vários, subindo e descendo...

   

   Essa senhora se emocionou ao ver a bandeira do Brasil em nossas camisas, ao perceber que éramos gêmeos, ficou encantada a emoção latente foi devido a volta ao Brasil depois de muitos tempo na Itália. Em suas palavras nos disse que aquele encontro era sinal de muita sorte em seu retorno.  
    Mar mediterrâneo e o céu se encontrando ao fundo, as cores em completa fusão completa no horizonte. Diga-nos onde começa um e termina o outro?
   
    Uma das praias italianas.

    Esse monumento nos brindou em nossa chegada a Gênova.
   
     Mais uma bela imagem das inúmeras de Gênova, mas isso é um outro capítulo...